Desde a infância, Yaguarê escuta histórias dos povos indígenas que compõem sua ancestralidade: os maraguás e os sateré-maués. Na vida adulta, Yaguarê Yamã se apaixonou pela poesia e pelas artes plásticas. E foi no formato do conto ilustrado que encontrou a potencialidade das narrativas de sua própria vivência como homem indígena. Autor de mais de 30 livros, Yaguarê fala, além do maraguá, o Nyēēgatú (tupi moderno), o tupi antigo e o português. Yaguarê é filiado ao Nearin – Núcleo de Escritores e Artistas Indígenas —, faz parte do INBRAPI – Instituto Indígena Brasileiro para Propriedade intelectual e pertence à Academia Parintinense de Letras. Yaguarê, ferrenho defensor das línguas nativas, dedica-se ao resgate e disseminação cultural através de dicionários e cursos. Lançou obras bilingues em Tupi e português, ilustrando muitas delas. Em destaque, "Murûgawa" e "Kawrê Guiry’Bo", que preservam mitos e memórias dos povos Maraguá e sateré-mauê. Entrelaçando literatura nativa e fantástica, Yaguarê tece histórias que, sob a alcunha de realismo mágico, revelam a origem e as profundezas das culturas indígenas para os não-índios urbanos.