O programa Cinematógrafo apresentou um episódio fascinante sobre "o lado b de Hollywood", explorando a história das unidades paralelas dos grandes estúdios nas décadas de 30 e 40. Essas unidades eram responsáveis por produzir filmes menores e menos ambiciosos, com orçamento reduzido e direcionados a uma audiência mais jovem e ávida por entretenimento. A produção desses filmes era rápida e operária, mas também oferecia oportunidades para novos talentos testarem suas habilidades. O programa discute como os filmes B de Hollywood ofereciam emoções baratas e histórias fáceis, mas também eram uma maneira de explorar o imaginário fantástico e o apelo do faroeste com o público jovem, especialmente o infantil. O episódio também destacou cineastas independentes como Ed Wood, que se apaixonou por fazer cinema e encontrou seu lugar fora do sistema de estúdio, produzindo faroestes e, posteriormente, filmes de terror. Os filmes B de Hollywood não eram ruins propositalmente, mas eram despretensiosos intencionalmente, buscando oferecer um entretenimento mais simples e acessível. Eles faziam parte de um universo paralelo da fábrica de sonhos de Hollywood, que ajudou a moldar a cultura pop da sociedade americana na década de 50, tornando o adolescente o principal consumidor de cultura pop da época. O episódio de Cinematógrafo proporcionou uma visão fascinante desse mundo da produção cinematográfica de Hollywood, pouco conhecido pela maioria das pessoas.