Liberdade ainda que tardia é uma temporada seriada que retrata em formato híbrido, ficcional e documental, alguns dos desafios emergentes nos processos de inclusão de demandas por efetivação do equilíbrio entre as maneiras culturais de ser e estar. As elaborações construídas a partir da trama intercultural do território, são ilustradas por arranjos sociais que contemplam a liberdade cultural narradas pelas doze regiões do estado. A liberdade constrói a cultura da diversidade efetivando esta identidade coletiva pela experimentação dos seus potenciais de desenvolvimento, mudança e variedade. A mineiridade na temporada, além de coletivar a ideia de um povo, se expressa e é mediada simbolicamente, na efetivação do equilíbrio entre as maneiras culturais de ser e estar que trama o seu povo. A temporada busca restituir a prudência no pensamento sobre a diversidade no território conhecido por ser essa, uma de suas maiores marcas. Para tratar da mineiridade, no cerne de um rico patrimônio material e imaterial e lidar com os incômodos causados por fenômenos culturais recentes que invadem o espaço midiático reivindicando legitimidade narrativa é que a diversidade surge como tema condutor em liberdade ainda que tardia, apostando em outros pontos de inserção para a questão, sem negligenciar suas contradições, ambiguidades e incoerências.